Depressão

 

A depressão é um transtorno mental caracterizado por um estado de tristeza permanente e a falta de interesse em atividades consideradas prazerosas, como sair com os amigos, ou mesmo atividades rotineiras, como ir ao trabalho.

De acordo com a OMS, a doença acomete cerca de 350 milhões de pessoas e em situações mais graves pode levar ao suicídio. No Brasil, o cenário também é grave com 13 milhões de pessoas com quadros depressivos.

Quais os principais sintomas da depressão ?

É difícil definir os sintomas da depressão, pois eles são muito comuns na vida de qualquer pessoa. Todo mundo sabe o que é estar triste ou desanimado, entretanto, em uma pessoa depressiva, esse sentimento é permanente e de grande proporção em várias áreas da vida do indivíduo.

Sintomas de perda de apetite, apatia, perda de interesse sexual, perda de interesse no trabalho, insônia, culpa e pessimismo são bastante comuns em pessoas depressivas e surgem como consequência desse estado de “tristeza permanente”.

Além disso, aspectos físicos como aparência descuidada, barba por fazer, cabelos em desalinho ou penteados parcialmente, cabeça baixa, lentidão psicomotora e etc.

Depressão e suas classificações

A depressão pode ser classificada dentro de diferentes transtornos de humor, os chamados transtornos depressivos. Os transtornos podem ser em relação à intensidade e frequência, assim como ao tipo do sintoma; melancolia, ansiedade, demência e etc.

Por fim, a depressão pode ser intermitente, ou seja, sem episódios de euforia e alegria, que caracterizam um transtorno depressivo unipolar ou apresentar momentos de entusiasmo, sendo classificada como bipolar.

Quais as causas da depressão?

A causa concreta da depressão até hoje é desconhecida, contudo sabe-se que pode haver uma predisposição genética aliado a fatores externos de estresse (perda do emprego, problemas financeiros, perda de parentes, frustrações e etc.)

Também é importante salientar que a depressão é grave e pode atingir pessoas de qualquer sexo, idade ou crença.

Como identificar a depressão?

O processo de identificação segue os critérios e avaliação médica, levando em conta os sintomas e o histórico da pessoa em questão. Além disso, há evidências de alterações do funcionamento e estrutura cerebral, além de alterações neuroendócrinas, inflamatórias e dos neurotransmissores (serotonina, dopamina, noradrenalina, glutamato), que equilibram o humor e as emoções.

Como combater a depressão?

O primeiro passo para qualquer pessoa é não ter preconceito e procurar tratamento. A abordagem para cuidar desta doença visa equilibrar as alterações fisiológicas e psicológicas e inclui o uso de psicoterapia, farmacoterapia e dos chamados tratamentos não medicamentosos (técnicas de neuroestimulação, por exemplo).

O tratamento mais comum é o uso de medicações sozinhas ou preferencialmente, combinadas à psicoterapia. Há uma enorme variedade de medicamentos que agem em situações específicas. Em alguns casos, a eficácia dos antidepressivos pode ser limitada, devendo incluir estratégias de potencialização e combinações.

Ansiedade

 

Primeiramente, é preciso esclarecer que a ansiedade é um sentimento natural e qualquer ser humano já se sentiu ansioso. Normalmente, esta sensação ocorre quando estamos em situação de perigo, seja real ou não.

Entretanto, o excesso deste sentimento na nossa cabeça pode ocasionar o transtorno de ansiedade, caracterizado por medos e preocupações exageradas. Além disso, há um sentimento de desastre e catástrofe constante que paira sobre os pensamentos e acontecimentos da vida do indivíduo.

Além disso, a ansiedade podem ser classificadas em alguns tipos, sendo os principais o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Síndrome do Pânico, Fobia Social, Transtorno do Estresse Pós-traumático e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Quais os principais sintomas da ansiedade?

Como dito anteriormente, a ansiedade se manifesta por meio de sentimentos exagerados de medo e preocupação. Assim sendo, alguns efeitos físicos podem ser notados por conta da ansiedade como, aumento dos batimentos cardíacos, dores no peito, hiperventilação, suor frio e etc.

A sensação de ansiedade pode ser tão devastadora na vida do indivíduo com a patologia, que até mesmo ficar em espaços confinados, como o elevador, são motivos de pânico e desespero.

Quais as causas da ansiedade?

A ansiedade é evidentemente uma reação natural do corpo e funciona como um alerta de defesa que antecede os momentos de perigo (luta ou fuga). Então, provas, situações estressantes de trabalho, excesso de expectativas e frustrações frequentes podem provocar em alguém o quadro de transtorno de ansiedade, ou seja, uma condição patológica.

Ademais, algumas situações clínicas também podem gerar ansiedade tais como: hipertireoidismo, uso de substâncias psicoativas (estimulantes em geral, por exemplo anfetaminas) ou na abstinência (abstinência ao álcool, por exemplo).

Como combater a ansiedade?

Assim como na depressão e muitos outros problemas de saúde mental, a primeira forma de combate é a identificação. Quando a ansiedade começa a interferir em atividades simples do dia-a-dia, é hora de procurar um atendimento psiquiátrico.

O profissional fará a avaliação dos sintomas e perguntas para identificar a doença, mas de fato ainda não existem exames para identificar precisamente a ansiedade. Aprender a relaxar, praticar atividades físicas e ter uma alimentação saudável são algumas das medidas que podem ser tomadas para controlar o nível de ansiedade.

Esquizofrenia

 

A palavra esquizofrenia vem dos termos frenos, mente, e esquizo, fragmentada e foi criada por Eugen Bleuler em 1911. A esquizofrenia abrange um leque de transtornos psicológicos, que tem como característica em comum a perda da associação do pensamento, alterações de afeto e comportamento de isolamento ou de delírios repentinos.

Quais os principais sintomas da esquizofrenia?

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave, caracterizado por dois ou mais sintomas, tais como: alucinações auditivas, visuais e sinestésicas, delírios, paranóia, desorganização da fala ou até mesmo fala incompreensível, catatonia.

Além disso, normalmente a esquizofrenia aparece de maneira gradual. Primeiramente com comportamentos de desinteresse, insônia, falta de higiene e descuido com a aparência e depois evoluem para surtos psicóticos. Este em geral se manifesta com agressividade, agitação e etc.

Quais as causas da esquizofrenia?

Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários – parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.

Entre os pesquisadores da esquizofrenia, há um prognóstico denominado “a regra dos terços”: um terço tem vida próxima ao normal; um terço apresenta prejuízo social e profissional importante, e um terço necessita de cuidados internos e, muitas vezes, hospitalização prolongada.

Como identificar a esquizofrenia?

Para saber se uma pessoa é portadora de esquizofrenia, é realizada uma avaliação clínica. Nessa avaliação, o médico irá conhecer o histórico da pessoa e da família, saber as principais queixas, bem como observar a presença de sinais e sintomas característicos.

Não há um exame laboratorial ou de imagem capaz de diagnosticar o transtorno. Algumas alterações cerebrais são comuns, mas, ao mesmo tempo, pouco específicas. O achado mais consistente é o aumento de ventrículos. Além disso, alterações de movimento ocular rápido são comuns, mas não são específicas para o diagnóstico.

Como combater a esquizofrenia?

A principal intervenção na esquizofrenia é a terapia medicamentosa, e em alguns casos, terapias de neuroestimulação são indicadas. Abordagens psicossociais e psicoterápicas também são fundamentais para ajudar no controle do transtorno.

A hospitalização pode ser necessária, principalmente, para controlar sintomas psicóticos intensos e surtos de agressividade. Lidar com a esquizofrenia não é fácil, nem para o portador nem para a família, mas o tratamento precoce é essencial para diminuir as possíveis sequelas e estabilização da doença.

Transtorno Bipolar

 

O transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar (TAB) é um transtorno caracterizado por alterações recorrentes do humor que oscila entre fases depressivas e de euforia (mania). Esta oscilação de humor, pode ocorrer no mesmo dia ou em períodos mais longos, como por exemplo de dias, semanas e até mesmo meses.

Quais os principais sintomas do TAB?

Entre os sintomas que marcam os episódios depressivos, conhecida também como a depressão bipolar, destacam-se: humor depressivo (tristeza), perda da energia, diminuição do prazer em atividades habituais, alterações do sono e apetite, falta de concentração, esquecimentos, entre outros sintomas que podem chegar inclusive a comportamentos contra a própria vida.

Entre os sintomas que caracterizam os episódios de euforia e/ou mania, estão: humor eufórico, expansivo ou irritável, aumento de energia, agitação, aceleração do pensamento, fala rápida e difícil de ser interrompida, com frequentes mudanças de assunto, maior interesse sexual, desinibição exagerada, otimismo excessivo, supervalorização das próprias capacidades e, quase sempre presente, a necessidade de sono diminuída.

Quais as causas do TAB?

Embora ainda não haja uma resposta exata sobre as causas do TAB, sabe-se que está associado a desequilíbrios biológicos e neuroquímicos e genéticos, assim como desequilíbrios psicossociais (influência de fatores externos, como problemas e estresse).

Como identificar o TAB?

A identificação, em geral, é difícil, devido à própria complexidade das alterações de humor. O TAB é detectado quando, três ou mais, dos sintomas descritos anteriormente estiverem presentes ou quando a pessoa apresenta, pelo menos, um episódio de bipolaridade ao longo da vida.

Como combater o TAB?

O tratamento visa controlar os sintomas e estabilizar o humor com medicamentos, psicoterapia e, em algumas situações, o uso da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e da Eletroconvulsoterapia (ECT) podem ser recomendados.

TOC

 

O transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC, é uma condição patológica com pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos e preocupações excessivas. O TOC pode ocasionar grandes problemas e sofrimentos na vida pessoal e profissional do indivíduo.

Quais os principais sintomas do TOC?

Suas características principais são a obsessão (ruminação) e a compulsividade (rituais). As obsessões podem estar relacionadas a imagens, ou ações recorrentes que por fim levam à atitudes repetitivas e irracionais, ou seja, compulsivas.

Alguns padrões do TOC estão ligados a dúvidas, e na tentativa de se livrar delas, a pessoa pode realizar algum tipo de ritual estabelecido pela mente, como verificar várias vezes se a porta está fechada. Outros, se manifestam com medo de ficar doente por contaminação com germes e preocupação excessiva com limpeza.

Também são padrões, a necessidade de organizar os objetos de forma simétrica, de guardar coisas por apego sentimental e sem necessidade aparente e várias outras manifestações.

Quais as causas do TOC?

Assim como várias outras patologias mentais, as causas do TOC são desconhecidas, porém fatores temperamentais, culturais, eventos traumáticos ou herança genética tem influência neste tipo de comportamento.

O TOC é mais comum entre pessoas mais jovens, geralmente começando na infância, e afeta 4 milhões de brasileiros.

Como combater o TOC?

A identificação do TOC é realizada pelas queixas apresentadas durante a consulta e pela avaliação médica. Embora não haja um exame específico, alguns exames podem ser necessários para afastar outra condição médica.

O tratamento do TOC é conduzido por um médico psiquiatra que, comumente, faz uso de medicamentos (principalmente antidepressivos e ansiolíticos, sendo que, por vezes, pode indicar também antipsicóticos). Outro suporte importante é a psicoterapia focada em técnicas comportamentais.

Estresse

 

É impossível viver sem jamais ter sentido estresse. Assim como a ansiedade, o estresse é um fenômeno natural, causado por situações de tensão, medo, desconforto e preocupação. Contudo, o excesso deste sentimento e dirigida para quase todas as áreas da vida de alguém pode ser classificado como uma questão de saúde mental.

Quais os principais sintomas do estresse excessivo?

Dentre os principais sinais e sintomas associados ao estresse, alguns são muito característicos, como ritmo cardíaco acelerado ou batimentos fora de controle, respiração ofegante, sudorese, tremores, tontura, assim como intestino solto, necessidade frequente de urinar, boca seca e problemas para engolir alimentos.

Os sintomas físicos e emocionais também são muito característicos e compreendem: Exaustão emocional, fadiga intensa, falta de forças para enfrentar o dia de trabalho e sensação de ser exigido além dos limites emocionais.

Quais as causas do estresse excessivo?

Um dos tipos de síndromes muito comuns atualmente e associada ao estresse é a famosa Síndrome de Burnout. As suas principais causas estão associadas ao trabalho excessivo, com jornadas muito longas, más condições de higiene e de ambiente para a atividade profissional, além da falta de autonomia e valorização.

Todas essas condições podem causar estado de tensão emocional e estresse crônicos e que afetam muito a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.

Como combater o estresse excessivo?

A primeira iniciativa é identificar quais são os agentes estressores (engarrafamento, pressão profissional), para poder limitá-los ou fazer pequenas mudanças no dia-a-dia com atividades agradáveis (ouvir música, ler, comer algo que gosta).

Além disso, é super importante encontrar um tempo para descansar (fins de semana, férias) ou então buscar uma função que não cause tantos desgastes ao seu psicológico.

Transtorno do Pânico

 

O transtorno ou síndrome de pânico é um transtorno de ansiedade, mas que é caracterizado por mais de um ataque de pânico inesperado.

Dessa forma, o ataque de pânico é uma crise abrupta de medo ou desconforto intenso com duração relativamente curta (cerca de 20 minutos). O ataque de pânico manifesta-se de maneira aguda, pontual e, muitas vezes, sem que exista um fator.

Alguns ataques ocorrem a partir de um estado de relaxamento completo e até mesmo de um sono profundo (ataques noturnos). Já outros partem de um estado ansioso. A pessoa acometida pelo transtorno sente medo de perder o controle, medo de ter novas crises e preocupações exageradas, principalmente, com a saúde.

Quais os principais sintomas do transtorno do pânico?

O ataque de pânico vem acompanhado por quatro ou mais dos seguintes sintomas: palpitação/taquicardia, sudorese, tremores, falta de ar, tontura, enjoo, mal-estar, medo de perder o controle, sensação de desmaio ou morte iminente.

Quais as causas do transtorno do pânico?

O transtorno de pânico não tem uma causa conhecida, mas na maior parte dos casos, trata-se de uma somatória de eventos ao longo da vida. Fatores ambientais estressantes, eventos traumáticos e predisposição genética, parecem estar envolvidos no desenvolvimento deste transtorno.

Como combater o transtorno do pânico?

O transtorno de pânico não tem uma causa conhecida e só pode ser reconhecido com uma avaliação médica, tendo como base queixa o histórico do paciente e alguns exames para descartar outras patologias.

O tratamento do transtorno de pânico é conduzido por psiquiatras e psicólogos. Os antidepressivos e ansiolíticos (calmantes) são recomendados e a prática tem demonstrado que a combinação adequada de ambos leva a um maior sucesso terapêutico.

O calmante, por exemplo, administrado logo no princípio de um ataque, pode ser muito eficaz no controle. Também é recomendado abordagens psicoterápicas, especialmente o aprendizado de técnicas de relaxamento, assim como a identificação precoce das causas e dos sintomas. Aprender a relaxar, praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável, ter momentos de lazer, são dicas que podem ajudar no alívio dos sintomas.